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  • Foto do escritordenizepaixaoborges

Advogado é preso em condomínio de luxo durante operação sobre fraudes na Saúde no interior de MT.


Hugo de Florêncio Castilho, advogado do ex-secretário de Saúde de Cuiabá Célio Rodrigues ,foi preso nesta quinta-feira (19) durante a “Operação Cartão Postal”, que investiga um esquema de fraude na saúde pública de Sinop (497 km de Cuiabá). O suspeito foi detido no condomínio Alphaville II.


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Segundo informações, a operação se iniciou após a morte de Manuelle Tecchio, de três anos, em março deste ano. Na ocasião, o vereador Mário Sugizaki (Podemos) disse em uma sessão na Câmera de Sinop que o ex-secretário de Saúde Célio Rodrigues seria o verdadeiro dono da empresa Vida e Sorriso Clínica Médica, empresa que é responsável por fazer a gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde a criança morreu.


INVESTIGAÇÃO


O levantamento de dados, a análise documentos, pesquisas em bases abertas de dados, confronto de informações e identificação de pessoas, veículos, empresas e locais.


Com base nessas atividades investigativas, identificou-se a atuação de uma suposta organização criminosa, que seria bastante estruturada, com clara hierarquia, divisão de tarefas entre seus componentes e que teria um sofisticado esquema de atuação em conexão com o Poder Público Municipal, cujo objetivo principal era fraudar de modo consistente a prestação do serviço de saúde na cidade, para auferir lucro e realizar diversos repasses financeiros aos líderes do esquema.


Foi verificado que, a organização social que hoje gerencia a pasta da Saúde de Sinop teria sido especialmente ajustada para assumir a prestação do serviço de forma precarizada, tendo em vista diversas alterações formais que aconteceram em sua composição no mesmo período em que disputava a dispensa de licitação para assumir tais atividades, entre maio de junho de 2022.


Essa organização social voltou a vencer dispensas de licitação ocorridas entre outubro e novembro de 2022 e entre abril e maio de 2023, de modo que continua a atuar na cidade até hoje.


Com base nas investigações, também foi determinado o bloqueio de valores das contas bancárias de 34 pessoas físicas e jurídicas, o sequestro de bens móveis de 21 alvos e o sequestro de bens imóveis de outros oito alvos, a fim de recompor os cofres públicos no montante de R$ 87.419.285,01, que é o valor global de três contratos celebrados entre Sinop e a organização social que gerencia a Saúde da cidade.


ORDENS JUDICIAIS


São cumpridos 32 mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal nas cidades de Sinop, Cuiabá, Várzea Grande, São Paulo, e nos municípios de Praia Grande e São Vicente (SP).


Também são cumpridas seis ordens de prisão preventiva, um de monitoramento eletrônico, duas ordens de suspensão do exercício da função pública, um de suspensão parcial do exercício da função pública, bem como a suspensão de exercício de atividade de natureza econômica de seis empresas.


Treze pessoas são alvo de medidas cautelares diversas da prisão, como a proibição de acessar as dependências administrativas da Saúde do Município de Sinop, a proibição de manutenção de contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar da Comarcar sem autorização do Juízo, entrega de passaporte e comparecimento periódico em Juízo.


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