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  • Foto do escritorjjbraganeto

Ativistas vão às redes sociais para pedir socorro ao Pantanal em Mato Grosso

Medo de entidades que atuam na preservação do bioma é a repetição do estrago que ocorreu em 2020, com alastramento dos focos de incêndio, que já se aproximam da Transpantaneira.


Incêndios florestais que atingem o Pantanal mato-grossense ganharam ainda mais força neste fim de semana e o fogo está consumindo vegetação e matando animais nas regiões do Parque Estadual Encontro das Águas, maior refúgio de onças-pintadas do Brasil, e da Reserva Particular do Patrimônio Natural de Dorochê. ONGs (organizações não-governamentais), ambientalistas, biólogos e moradores vêm atuando nas localidades e utilizam as redes sociais para mostrar a situação e cobrar ações para deter as chamas.


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Neste domingo, 12 de novembro, Dia do Pantanal, foi uma ocasião utilizada pelos ativistas para pedir socorro à fauna e flora do bioma no Estado. Com a previsão de aumento de temperatura nos próximos 15 dias na região, a preocupação cresce em relação às chamas se alastrarem ainda mais e o cenário se tornar mais trágico, como ocorrido em 2020.

Na Reserva Particular do Patrimônio Natural de Dorochê, que fica na divisa entre os municípios de Poconé e Cáceres (218 km de Cuiabá), o fogo já destruiu 23 mil hectares. No Parque Estadual Encontro das Águas, localizado entre Poconé (104 km de Cuiabá) e Barão de Melgaço, 36 mil hectares de vegetação já foram queimados, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Fotos e vídeos dos incêndios florestais no Pantanal estão sendo divulgados nas redes sociais. O documentarista Lawrence Wahba e sua equipe, que estão filmando a rotina de duas onças-pintadas irmãs, vêm se deparando ao longo das gravações com cenário de vegetação destruída e animais mortos. De máscara, Lawrence mostra, no Twitter, um vídeo do fogo na vegetação e diz que tem muita fumaça, lamentando o registro de tanta destruição. “Não está fácil, olho ardendo, o ar muito ruim. Infelizmente aconteceu o que a gente mais temia, o fogo de grande dimensão chegou aqui no Corixo Negro, em Porto Jofre”, lamenta Lawrence.


A ONG S.O.S Pantanal também publicou um vídeo no Twitter alertando sobre uma grande linha de fogo que se aproxima da Rodovia Transpantaneira. Neste domingo, fez um post sobre o Dia do Pantanal lamentando a falta de motivos para comemorar diante do cenário caótico que, após três anos do incêndio histórico que devastou a região, em 2020, tende a se repetir.

O fotógrafo Erivaldo Almeida divulgou, em outubro, em suas redes sociais, um vídeo de uma onça-pintada se refugiando do fogo embaixo de galhos. “Eu vi a onça atravessando o rio, tentando se esconder do fogo, procurando abrigo embaixo de uma árvore. Um jacaré não teve a mesma sorte. Iisso, à beira do rio três irmãos, no Parque Estadual Encontro das Águas”, contou em seu post.


COMBATE

Os incêndios no Parque Estadual Encontro das Águas reiniciaram no dia 21 de outubro e vem se espalhando novamente pela região. O ICMBio relata que o fogo iniciou com o local atingido por três raios. Estando seco e com as temperaturas, o fogo vem se alastrando pela vegetação de difícil acesso. O órgão federal esclarece que, no Parque Estadual Encontro das Águas, as ações de combate ao fogo estão sendo realizadas pelas equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado.

Neste domingo, uma reunião de emergência entre o governo federal e o governador em exercício de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, e outras autoridades foi realizada para intensificar as ações de combate ao fogo no Pantanal.

Após a reunião, o governo federal anunciou que, no domingo mesmo, chegaram reforços, ao todo 90 brigadistas e quatro aeronaves, dobrando o total na região e que mais de 209 servidores federais atuam no combate aos incêndios em outros locais do Pantanal, totalizando 299 no bioma. Somente na Reserva Particular do Patrimônio Natural de Dorochê estão concentrados 47 brigadistas federais.


Fonte: hnt.com.br

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