Três são presos suspeitos de chacina em Campo Novo, outros dois sobreviventes se apresentam a polícia; entenda como tudo aconteceu
A Polícia Militar foi informada, por volta das 3 horas da madrugada de quarta-feira (15), que próximo ao aterro sanitário, na MT-235, havia um homem, que alegava ser vítima de roubo e que estaria ferido. Militares foram até o local e encontraram a vítima com ferimentos por todo o corpo. Ele afirmou que reside em um alojamento com outros seis funcionários de uma indústria da cidade.
Segundo informações obtidas com a polícia, a vítima confirmou que estaria dormindo, que por volta das 23 horas vários homens encapuzados e armados o acordaram. Todas as pessoas que estavam na casa foram feitas reféns e sofreram tortura.
Após as agressões, os criminosos fizeram duas execuções no alojamento, localizado no bairro Nossa Senhora Aparecida. O restante foi colocado no porta-malas de um Onix e uma caminhonete vermelha, sendo levados para a ponte do Rio do Sangue, aproximadamente 20 quilômetros da cidade. Todos os seus colegas foram mortos e jogados no rio. Apenas ele sobreviveu, pois se fingiu de morto.
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Após o crime ele conseguiu atravessar o rio e caminhou por cinco quilômetros até chegar no aterro sanitário, onde pediu ajuda. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência fez o encaminhamento do sobrevivente até o hospital.
Em posse das informações, os policiais militares foram até o local do crime. Lá encontraram vestígios de sangue, roupas e um corpo submerso na água. Nesse momento a Polícia Civil foi acionada.
Quando a viatura retornava para Campo Novo, os policiais identificaram, às margens da pista, um veículo semelhante ao que foi utilizado para transportar as vítimas. Próximo a caminhonete estava um homem, que ao perceber a presença das autoridades, subiu em uma moto e voltou para a cidade. Os militares fizeram o acompanhamento e abordaram o suspeito. Ao ser confrontado sobre os fatos ele afirmou que estava procurando pelo veículo que havia sumido.
Diante da cena apresentada, as autoridades foram até a residência do suspeito e lá encontraram documentos pessoais pertencentes as vítimas. Seguindo as diligências pela cidade, os policiais conseguiram deter um suspeito, 17 anos, que confessou ter matado dois homens. Ele entregou três aparelhos celulares pertencentes as vítimas.
Em posse de informações privilegiadas, a PM foi até a residência de outro suspeito, também de 17 anos, que confirmou que o veículo Onix havia sido levado para Tangará da Serra. Eles acabaram revelando que amarraram duas vítimas vivas e abandonaram em um canavial próximo ao bairro Jardim Itália.
Ao saber da informação, a viatura foi até o canavial e localizou o restante das vestimentas das pessoas, um canivete sujo de sangue, possivelmente utilizado para degolar os funcionários. Os dois amarrados não haviam sido localizados até o momento. Horas após o fato, os dois apareceram na Delegacia de Campo Novo do Parecis.
Não foi explicado ainda como eles conseguiram sair. Até o momento foram três mortes confirmadas, um segue desaparecido, possivelmente está no Rio do Sangue, outro sobreviveu, após se fingir de morto e buscar ajuda no aterro sanitário.
Outros dois sobreviveram após serem jogados em um canavial. Segundo a Polícia Militar, as motivações, possivelmente foi uma cobrança de uma dívida de drogas, na qual alguns deles haviam comprado entorpecentes e não haviam pagado. Porém não foi informado se todos eram devedores ou se seriam inocentes na história.
A Polícia Civil segue com a investigação.
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