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  • Foto do escritordenizepaixaoborges

Choveu, mas não tinha ninguém na janela.


Choveu, mas não tinha ninguém na janela,

logo após a chuva a janela se abria,

um rosto sorria, ganhava o horizonte,

e na outra janela outro rosto surgia...


A casa pintada no mês de dezembro;

ficava tão nova, papai se orgulhava,

subia nas telhas, tapava as goteiras,

e o cheiro da tinta por dias ficava...


Havia caqueiras em nossa varanda,

eram penduradas nos caibros do teto,

um jardim suspenso na frente enfeitava,

tão contemplativo, tão lindo e discreto!


Agora as janelas só vivem fechadas,

as plantas morreram, chorando relembro:

a chuva "roeu" as pinturas de outrora,

mostrando as camadas de cada dezembro!


Poema de Clécio Dias



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