Quando o apito das caldeiras
Iniciava nosso dia
O chiar da serra fita
Era o que logo o seguia
Nossa vila madeireira
Já estava acordada inteira
Rotina de serraria.
Iniciando o vilarejo
Só co'a coragem e a cara
Sem nada do poder público
Um no outro se ampara
Na rua em um cruzamento
Eu, Humberto e Bastião Bento
Vizinhos do Tabajara.
Não tinha água encanada
A luz era o sol e a lua
Cada um co' mesmo sonho
Fazer a cidade sua
Criançada misturada
No cruzamento da estrada
Que chamávamos de rua.
Humberto tinha seus filhos
Eu tinha a primeira minha
Sebastião Bento mais cinco
Na outra casa vizinha
Tabajara, por sua vez,
A Edileuza e o Juarez
Conhecido por "Tabinha".
Mas cada um quando nasce
Já traz o destino escrito
Humberto deixa a cidade
Quando virou município
E o amigo Tabajara
Mudou depois que separa
Pra Brianorte, um Distrito.
Nessa esquina do passado
Já velho eu passo e lamento,
Ter morrido o Tabajara
Amarildo e Bastião Bento
E agora tambem Tabinha
Aumenta a saudade minha
Desses bons e velhos tempos.
Joao Braga Neto
Receba as notícias do Visão do Médio Norte no seu WhatsApp (clique aqui).
Comments