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Janaína lamenta cassação de Dallagnol e vê risco à democracia: "inflama ainda mais os ânimos"

Deputada avalia que decisão do TSE estimula a polarização e a radicalização, tanto da direita quanto da esquerda.

Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso

A presidente interina da Assembleia Legislativa, Janaína Riva (MDB), lamentou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que cassou o mandato do deputado federal Deltan Dallagnol, indeferindo seu registro de candidatura com base na Lei da Ficha Limpa. Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira, 17 de maio, Janaína afirmou que a decisão é temerária e traz insegurança para a democracia brasileira.

Na avaliação de Janaína, a cassação do mandato de Dallagnol estimula ainda mais a polarização e a radicalização tanto da esquerda quanto da direita no país.


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“Eu não tenho conhecimento para julgar se deveria ou não ter sido cassado. Mas, entendo que isso tumultua o processo democrático. Pode ter certeza, vai inflamando ainda mais os ânimos, o que para o PT é interessante e para a extrema-direita também é interessante”, avaliou.

Dallagnol é considerado um ícone da direita brasileira, pela sua atuação na Operação Lava Jato e na investigação que levou à prisão do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT). Ele foi o deputado federal mais votado do Paraná, eleito com mais de 340 mil votos.

Ao avaliar a situação, Janaína se disse surpresa com a velocidade com que o processo foi julgado. Ações deste tipo costumam tramitar durante anos na Justiça Eleitoral, mas o caso de Dallagnol foi concluído pelo TSE em apenas 7 meses após o fim das eleições.

“O Lula em 8 meses foi preso. Eu lembro que, na época, eu comentei que nunca vi algo tão rápido. Agora foi ainda mais rápido. Então, é desses extremos aí que o Brasil deveria fugir e é onde a gente está, cada vez mais, se afundando”, afirmou a deputada.

Diante disso, Janaína comentou ainda que parece haver um ímpeto de vingança no começo da gestão petista, assim como houve durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para se livrar de seus adversários políticos.

“Existem governos hoje, e lógico que a gente está se referindo ao governo federal, que trabalham com vingança. A gente viu isso acontecer na gestão Bolsonaro e a gente está vendo o mesmo acontecer na gestão do Lula. Talvez porque, pra ele, seja interessante essa polarização e esse radicalismo. Mas, na minha opinião, isso para o país vem fazendo muito mal”, desabafou.

“Especialmente quando você tem um candidato com candidatura deferida, que depois perde o mandato sendo o mais votado. Então, isso é algo que a gente tem que discutir, com certeza, porque os entendimentos não têm sido tão claros com relação a isso. No passado eram os de esquerda que padeciam na Justiça, agora são os de direita”, concluiu.


SOBRE A CASSAÇÃO


Dallagnol foi cassado por decisão unânime TSE na terça-feira, 16, por dois motivos. O primeiro foi uma condenação do Tribunal de Contas da União (TCU) por gastos com diárias e passagens de outros procuradores da Operação Lava Jato. O segundo motivo é que ele teria pedido exoneração do cargo de procurador enquanto ainda era alvo de 15 procedimentos administrativos, que poderiam resultar em aposentadoria compulsória ou demissão, além de torna-lo inelegível.

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