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Foto do escritordenizepaixaoborges

José Dias Nunes era seu nome de batismo. Rei do Pagode de Viola foi o título que recebeu.


Mas foi como Tião Carreiro que se consagrou.

Natural da cidade mineira de Monte Azul, ainda criança já trabalhava na roça e, durante a lida no campo, seus dotes já eram notados. Enquanto fazia suas atividades, Tião já dedilhava no cabo da enxada e tentava tirar notas de um elástico pregado em uma madeira.

Assim como muitas crianças na época, o menino José nunca foi à escola, porém tinha o sonho de ler e escrever. Então, foi folheando jornais velhos e juntando as letras e frases que Tião Carreiro aprendeu a ler e escrever sozinho, assim como foi autodidata na música.

Ao chegar em São Paulo, aos 10 anos, o pai de Tião faleceu. Mas antes de partir, deixou uma herança que mudaria a vida do filho: a primeira viola. Observando os acordes e notas, ele aprendeu a tocar o instrumento sozinho. Violeiro intuitivo, Tião Carreiro jamais frequentou uma escola de música.


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Tião Carreiro acumula mais de 300 composições com importantes nomes da música sertaneja – Teddy Vieira, Dino Franco, Moacyr dos Santos, Zé Carreiro, Zé Fortuna, Carreirinho e Lourival dos Santos.

Além disso, o violeiro gravou 25 discos 78 rpm com Pardinho e Carreirinho, mais de 50 LPs com variados parceiros, dois LPs em solos de viola caipira.

Tião Carreiro morreu no dia 15 de outubro de 1993, aos 58 anos de idade. Segundo a esposa Nair Dias, Tião também estava precisando fazer transplantes de rins, e chegou a conseguir 27 doadores. Já tinha equipe médica pronta, hospital definido e o dinheiro para o transplante, mas infelizmente, antes da cirurgia, Tião Carreiro não resistiu às complicações da diabetes e faleceu.


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