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LADRÃO DE MEMÓRIAS



Cada vez que ele lhe perguntava "Quem tu és?"

Ela sentia uma dor no peito como se tivesse sido trespassada por uma lança

As lágrimas teimavam em correr

Mas ela ganhava coragem, nem ela sabia onde

E em tom carinhoso, respondia-lhe: "Sou o teu amor e tu és o meu!"

Com o olhar perdido no horizonte

Como se a vida já ali não morasse

Ele limitava-se a murmurar "Ah..."

A cada dia, essa pergunta tornava-se mais frequente

E a cada dia, ela amaldiçoava esse ladrão de memórias

Que lhe roubou o amor de uma vida

Que o fez esquecer dela

Que o transformou num corpo inerte

Mas prometera a si mesma que nunca desistiria dele...


Um dia, ele pegou-lhe na mão e disse-lhe: "Eu sei quem tu és. És o meu amor!"


Nesse mesmo dia, ele partiu e ela soube que o verdadeiro amor nunca morre!


Cristina Mira


Página do Facebook "Reflexos"

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