O caso do fabricante de linguiça humana que aterrorizou Porto Alegre no século XIX.
José Ramos e Catarina eram casados e, após alugar uma casa, conseguiram emprego no açougue do imigrante alemão Carlos Claussner. O casal fez amizade com o proprietário e, aos poucos, foi mostrando um lado obscuro. Nas noites de sábado, Catarina passeava em locais frequentados pela elite da cidade para "seduzir" homens e levá-los até o açougue, onde seu marido estava pronto para matá-los e desossá-los.
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Após os primeiros crimes, o chefe do casal aconselhou que Ramos fizesse linguiça com as vítimas, para fazer o corpo desaparecer mais facilmente e gerar maiores lucros para o seu comércio. Ao ver que o casal continuaria matando e que os desaparecimentos estavam chamando a atenção, Claussner resolveu mudar para o Uruguai, mas, antes de conseguir fugir, também virou linguiça.
Por incrível que pareça, os produtos fabricados por Ramos faziam bastante sucesso entre os membros da elite e classe média portoalegrense, os quais compravam no açougue e nem imaginavam que estavam levando pedaços dos corpos dos amigos e conhecidos encapados por tripa de porco e enrolados nos jornais do dia.
Há uma discussão fortíssima entre os historiadores e juristas sobre a veracidade de alguns fatos do caso, já que os registros são escassos e mal redigidos. Porém, na boca do povo, esse episódio continua bem vivo e a história do Linguiceiro da Rua Arvoredo entrou para a cultura popular como um dos maiores casos criminosos da trajetória de nosso país.
A fotografia que ilustra o texto foi tirada em uma peça de teatro, no início do Século XX.
Joel Paviotti.
Fonte: Página Facebook " Genicleide Oliveira "
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