na tua pele, o perfume das rosas de maio e
jasmim,
como se as deusas primaveris, num ensaio,
a brincar com as estações, sem inícios e fins,
nessas noites longas e de cobertores,
te fizesse florida, nas chegadas e nas partidas.
e no teu corpo quente, aldeído,
onde lateja, flagrante, a inspiração,
sublimo os meus desejos infratores
que, agudos, como um rastro de nuvens no
infinito,
perdidos, se encontram
como quem partilha os segredos de um rito.
e, assim, favo de mel ao sol, doce versão,
igual sutil assinatura de um ourives,
reinterpreto a tua malícia atemporal
e habito a fantasia em que vives.
[Daufen Bach.]
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