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  • Foto do escritorjjbraganeto

Polêmica em leilão de arroz derruba Neri Geller do governo Lula.

(Foto Mídianews)

A principal corretora do leilão realizado pelo Governo Federal pertence a um ex-assessor dele.

O governo federal anulou hoje o leilão de compra internacional de arroz após denúncias de que as empresas vencedoras não eram do ramo e não tinham capacidade para realizar a importação.

O que aconteceu

O secretário de Política Agrícola, Neri Geller, pediu demissão nesta manhã. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o pedido foi aceito e ele será exonerado do cargo.

Seu nome entrou na berlinda após denúncias do envolvimento da corretora de um ex-assessor no certame.


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O leilão arrematou 263,7 mil toneladas de arroz importado, com objetivo de evitar alta dos preços. A crise foi instalada, no entanto, após o anúncio que empresas sem proximidade com o produto ganharam o leilão de importação.

Depois de convocar as empresas vencedoras, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) constatou que não haviam capacidade para entrega. O anúncio foi feito hoje pelo presidente da Conab, Edegar Pretto, por Fávaro e pelo ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).

Um novo leilão será realizado, ainda sem data. Segundo Fávaro, a AGU (Advocacia-Geral da União) ajudará na elaboração do novo edital para que haja "mais transparência".

Polêmicas após resultado

O leilão foi realizado pelo governo para suprir as perdas do Rio Grande do Sul. Entre as empresas vencedoras, havia sorveterias e locadoras de automóveis. Só uma das vencedoras, Zafira Trading, é do ramo, conforme revelou o Estadão.

Pretto argumentou que, como o leilão foi feito com Bolsas de Mercadorias, só se descobriu o segmento das vencedoras depois do resultado. "A partir da revelação de quem são essas empresas, começou os questionamentos se essas empresas teriam capacidade técnicas e financeiras para honrar os compromissos de um volume expressivo de dinheiro público."

"Não tem como a gente depositar o dinheiro público sem ter as garantias de que esses contratos serão honrados", admitiu. Segundo o presidente da Conab, o governo não realizou nenhum pagamento as vencedoras.

Um novo edital revisado será lançado, com auxílio da AGU e da CGU (Controladoria-Geral da União). "Vamos revisitar os mecanismos que são estabelecidos para esses leilões.

Saída de Geller

A permanência de Geller estava insustentável. Ele já havia sido cobrado por Lula para que explicasse a possível relação entre sua família e uma das corretoras do certame.

A principal corretora do leilão, FOCO Corretora de Grãos, pertence a um ex-assessor de Geller. Conforme revelou o Globo Rural, Robson Almeida de França, trabalhou com o secretário enquanto deputado e é sócio de seu filho, Marcello Geller.

 

Fávaro negou irregularidades. "[Não houve] nenhum fato que gere qualquer tipo de suspeita. Mas que, de fato, gerou um trasntorno e por isso ele colocou hoje de manhã o cargo à disposição", afirmou o ministro.

A exoneração do diretor de Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos, que organizou o leilão, não foi confirmada. Ele foi indicado diretamente por Geller e também deverá ser substituído.

 


Sobre a relação de Neri Geller...


Outra polêmica do leilão envolve o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, que pediu demissão nesta quinta-feira;

Seu ex-assessor parlamentar, o advogado Robson Luiz de Almeida França, é dono da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e da Foco Corretora de Grãos, que intermediaram a venda de 44% de arroz no leilão;

Ele também é sócio de Marcello Geller, filho do secretário, em outras empresas;

Por causa dessa ligação, oposição e associações de produtores apontam que houve favorecimento da empresa de França;

Em entrevista ao g1, o advogado disse que trabalhou com o Neri até meados de 2020 e que "de lá para a frente" foi tocar outros projetos. "Nesse meio tempo, surgiu a oportunidade de criar uma bolsa de mercadorias no estado do Mato Grosso. Eu sou advogado, tenho clientes na área do agronegócio e vi uma necessidade do estado de ter uma representatividade no governo federal";

"Não tem relação nenhuma a criação da bolsa de mercadoria com o período que eu trabalhei com o Neri", disse França. A bolsa de MT foi criada em 2023.

"Não tem impedimento nenhum de eu ser presidente de uma bolsa de mercadoria, de eu ser dono de uma corretora por eu ter trabalhado com um parlamentar", acrescentou.




Fonte g1/Midianews

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