PORQUE É ASSIM QUE SE CUIDA DOS AMADOS
o que pode o amor na sua filosofia incompreensível, senão, mostrar-se sempre dádiva e bondade e, distante, querer ser presente e se presente, entender o derredor... amor é sempre mais amor quando visível e, quando não possível, ainda sim maior.
o que podem as criaturas cativas deste sentimento senão, vivê-lo em cada minuto de sua existência? e, se não o encontro, a abnegação e o doce sacrifício, a constatação de que para alma é um feliz exercício, cultivá-lo e mantê-lo vivo em toda a sua permanência.
o que ama jamais deseja que o outro se afogue e o que é amado, em seu devaneio descobre, que não se maltrata aquele que só lhe quer bem. amar é sempre uma grande aventura de brisa passageira, que nas planícies sonha com as cordilheiras e, nesta busca, percorre os caminhos que vão além.
amar, embebido da essência de sempre amar, é se libertar do infinito do tempo que voa. é ser tão mais humano, é voejar em outros planos, é sentir um misto de inquietude e silêncio que cinge na fronte do ousado queredor do amor, um signo que perdoa os loucos arroubos e o aporta no horizonte onde não há o alcance da dor.
que podem duas criaturas nesta loucura de se doar, senão, fazer da espera e da aflição uma catarse, onde o outro é sempre início e fim de sua devoção e, esperando, permitir que o sorriso passeie em seu disfarce e ganhe asas e conheça uma outra dimensão.
amar, saber que o outro é sempre mais cuidado e se o semblante pesar e o olhar descolorir, sorrir, porque é assim que se cuida dos amados.
[Daufen Bach.]
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