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"Quando uma mulher fala que é vítima de violência, não precisamos ter dúvidas", afirma defensora


“Nós precisamos dar crédito à palavra da mulher quando falamos de enfrentamento à violência doméstica. Não é preciso que se gravem ações. A historicidade nos mostra um machismo estrutural. Nós, mulheres, somos vulneráveis ​​em qualquer contexto, apenas por ser mulher, pela condição de gênero". A avaliação é da defensora pública Rosana Leite durante entrevista ao Midiajur.

De acordo com Rosana, apesar de Mato Grosso ser referencia na aplicação da Lei Maria da Penha, houve um aumento vultoso de casos de feminicídios neste ano. 

"A sociedade precisa dessa compreensão, que quando uma mulher fala que é vítima de violência, não precisamos ter dúvida de quem é a vítima e quem é o agressor”, salientou.


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Para a defensora, o sistema judiciário está cumprindo e aplicando as leis, contudo, há uma necessidade de melhorias nas políticas públicas que, de fato, atendam a sociedade e, principalmente, as mulheres. Essas ações precisam ser executadas de forma ampla, acolhendo a todas as mulheres, sem descriminação, pensando na pluralidade e no empoderamento feminino.

“Nós precisamos pensar no empoderamento feminino. Hoje, nós temos que pensar que o movimento feminino, o sistema de justiça, a política pública, ela tem que abrigar a toda e qualquer mulher. E se 100% das mulheres não foram atendidas, então, a política pública não está bem executada. Pois, se você prestar atenção, às nossas pautas, aos nossos direitos, eles chegam até onde nos permite. E nós queremos ir além do que nos permite. Queremos alcançar todos os lugares para que possamos caminhar com liberdade”, esclareceu.


Ao externalizar a preocupação com os direitos das mulheres, a Rosana lembra que, para além das vítimas, a sociedade precisa proteger os descendentes dessas mulheres que, em muitos casos, ficam órfãos pelo feminicídio.

O Governo Federal acolhe os órfãos do feminicídio, inclusive com um valor em dinheiro, sendo um salário mínimo por família, para que não fiquem em total desamparo. O Poder Executivo municipal de Cuiabá oferece atendimento psicológico aos órfãos e fornece uma ajuda financeira durante 12 meses para casos que aconteceram a partir de 2021. 

“Não tem como uma pessoa que praticou um feminicídio contra a mãe continuar mantendo o poder familiar com essas crianças. Então, por isso que as crianças, os adolescentes, acabam ficando órfãos de pai e de mãe, justamente porque acabam não podendo conviver. São situações que temos que pensar muito nessas crianças e nesses adolescentes, não só nesse auxílio, mas no futuro. Para tentarmos diminuir esse trauma tão grande na vida deles e delas. É uma nova realidade”, finalizou.


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