Eu bati palmas, não saiu ninguém
bati na porta mas ninguém abriu,
a porta de madeira estava aquém
do dia que eu fechei e ninguém viu!
Eu resolvi entrar e abrir a porta
revi sobre o sofá minha ilusão
que estava respirando quase morta
e ao lado dela vi minha razão...
Que pena que a razão não falou alto
quando a ilusão gritou dentro de mim
como um veículo sem freio no asfalto
correndo feito um louco, doido, enfim...
As telhas não suportam chuva forte,
os pisos e as paredes sem firmeza
a frente pro poente busca um norte
dando passos a esmo sem certeza!
Eu entrei nela e levei poesia,
a casa ganhou vida e solidão
e quando me afastava, percebia
que aquela casa era meu coração!
Poema de Clécio Dias
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