Se eu morrer de manhã abre a janela devagar e olha com rigor o dia que não tenho.
Não me lamentes. Eu não me entristeço: ter tido a morte é mais do que mereço se nem conheço a noite de que venho.
Receba as notícias do Visão do Médio Norte no seu WhatsApp (clique aqui).
Deixa entrar pela casa um pouco de ar e um pedaço de céu – o único que sei.
Talvez um pássaro me estenda a asa que não saber voar foi sempre a minha lei.
Não busques o meu hálito no espelho.
Não chames o meu nome que eu não venho e do mistério nada te direi.
Diz que não estou se alguém bater à porta. Deixa que eu faça o meu papel de morta pois não estar é da morte quanto sei.
(A nossa eterna Rosa Lobato de Faria)
Fonte: Página Facebook " Jose Porfírio Santos "
Comentarios