Ministro listou iniciativas dos primeiros mandatos de Lula que impulsionaram o setor e garante que presidente quer se aproximar do agronegócio.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o presidente Lula (PT) está empenhado em melhorar sua relação com o agronegócio e desfazer a tensão que existe entre o setor e a gestão petista. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Fávaro revelou que Lula lhe pergunta frequentemente “porque não gostam dele”.
A relação entre Lula e o agronegócio tem sido difícil, principalmente porque uma parcela significativa do setor apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ainda se prende à polarização política intensa que marcou as eleições de 2022.
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Apesar disso, Lula tem feito um discurso de pacificação das relações com o agro, mas algumas de suas falas e ações acabam ateando fogo nas pontes que ele tenta construir. Exemplo disso foi quando o petista chamou os ruralistas de fascistas, durante evento na Bahia, após Fávaro ser desconvidado da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). Todavia, o ministro garante que Lula quer, sim, melhorar o relacionamento com o agronegócio.
“Eu posso lhe garantir que o presidente, sucessivamente, pede para estar próximo do agro, quer se aproximar. Ele me pergunta porque não gostam dele, o que ele fez. Até porque, se a gente fizer uma reflexão, e eu e alguns companheiros viemos apoiar o presidente Lula na eleição de 2022 fruto da consciência de tudo que ele fez como presidente da República para o desenvolvimento dessa agropecuária”, disse o ministro.
Fávaro listou uma série de medidas adotadas durante os mandatos passados de Lula que ajudaram a impulsionar o agronegócio brasileiro, como a repactuação de um endividamento de 20 anos, a regulamentação dos transgênicos e a criação do programa nacional do biodiesel, que estimulou a industrialização da soja no Brasil.
“Foi o presidente Lula quem repactou, num momento de muita dificuldade da agropecuária brasileira, um endividamento recorrente de 20 anos e fez uma medida provisória de R$ 85 bilhões, com alongamento de até 20 anos, juros competitivos e continuou dando crédito, financiamentos, linhas de crédito... teve momento de juros de 2,5% ao ano”, detalhou.
O ministro citou ainda os investimentos massivos em infraestrutura, como a ampliação de portos e hidrovia em todo o país, além da criação do corredor logístico que permitiu a exportação pelos portos do Arco Norte. Citou ainda a construção da Ferronorte até Rondonópolis, que aumentou a competitividade do agronegócio mato-grossense.
Após listar essas iniciativas, Fávaro pediu compreensão do setor quando Lula se posiciona de maneira mais incisiva.
“Por tudo isso, o agronegócio saiu de um patamar e foi para um outro muito maior, graças a essa persistência e dedicação do presidente Lula. Então, quando ele toma alguma frase um pouco mais forte, nós temos que respeitar a posição política dele. Mas tenho certeza e posso lhe garantir, ele pede muito para que a gente nos aproxime do agro, ele quer estar junto com o agro para continuar tomando postura em favor do desenvolvimento agrário do nosso país”, concluiu.
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Fonte: estadaomatogrosso.com.br
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